Município de Pacajá também é afetado com o descaso da saúde pública no Brasil


Saúde pública está na UTI e pede socorro

Pacajá não está fora da realidade brasileira em se tratando de saúde pública. Não sabemos nem a quem atribuir a responsabilidade pela falta de tudo. Pude sentir isso de perto, ao precisar de atendimento na unidade de saúde improvisada do município, me deparei com o mais completo abandono, nem mesmo o mais simples dos materiais para se fazer um curativo não tinha na unidade de saúde na ocasião. O profissional até tenta fazer algo pelo paciente, mas é privado por não ter uma estrutura adequada para tais procedimentos que a população esteja precisando na hora da doença.

O local improvisado para atender a população não tem a mínima estrutura para cuidar de vidas... Coisa séria por sinal! “Vidas”. É tanta sujeira, falta de amor com o próximo, falta mão de obra qualificada, falta de local apropriado e muito mais. Justiça seja feita; temos bons profissionais que se doam para fazer o melhor por este povo que necessita tanto de atenção, mas, o número é reduzido para a demanda do município.  A cidade conta com um hospital municipal que está sendo reformado há mais ou menos 9 meses, obra essa que é de total responsabilidade da empresa Norte Energia que está à frente da construção da hidrelétrica de Belo Monte.

O município de Pacajá é uma das comunidades que foi afetada indiretamente pela construção da usina hidrelétrica, por este motivo foi beneficiado com alguns projetos sociais, inclusive a reforma do hospital municipal Dr. Norberto Brito do Curral. Ao me deparar com esta situação na saúde pública da cidade, procurei o secretário municipal de saúde Junior Teixeira, para pedir alguma resposta sobre a realidade cruel que vive o município na área da saúde. Consegui falar com o mesmo por mensagens e, então solicitei o e-mail do secretário para que eu pudesse lhe encaminhar algumas perguntas sobre o assunto, o e-mail foi encaminhado ao senhor Junior Teixeira no dia 16/05/2016 e, até o momento não obtive resposta.

O Brasil passa por uma fase difícil neste período, são reclamações e mais reclamações relacionadas a saúde em todo território brasileiro, mas o que podemos fazer para que nossa realidade possa ser mudada? O que nós brasileiros somos capazes de suportar com nosso jeitinho pacato, nossa docilidade e acima de tudo, nossa alegria?
A saúde clama por socorro! É massacrante a realidade vivida por este povo tão alegre e acolhedor. Não podemos contar com a saúde pública no nosso país, é tanto descaso que podemos perceber a frustração nos olhos dos que necessitam de atendimento nas unidades de saúde brasileira, vamos ficar sempre decepcionados por não sermos atendido de acordo com nossas necessidades.

Ficamos pasmos a olhar a situação que se torna mais crítica a cada dia. Dessa vez estamos de pés e mãos atadas, vivendo entre a ordem e a desordem não sabemos a quem pedir socorro, pois a saúde pública concorre com os escândalos da política que surgem a todo momento. A saúde pública está no seu último suspiro e ninguém está vendo que estamos na UTI. Precisamos fazer algo para mudar essa situação. Somos capazes de resolver muitas coisas, mas esse problema está nos deixando sem saída.

É tanto sofrimento que esquecemos dos nossos direitos constitucionais, garantidos: saúde de qualidade, tudo isto registrado no (Art.196 da Constituição Federal de 1988). O brasileiro é um povo especial, diferente, somos capazes de nos adequar a qualquer situação que venha passar nosso país, por todas essas qualidades merecemos o melhor, queremos que nossos governantes nos olhem com dignidade e respeito, pedimos que parem de brincar com nossas vidas, pois ela é o bem mais precioso que temos. Cada brasileiro que perde a sua vida, é um gingado a menos no nosso país, e isso nos deixa órfãos de beleza e encantos. Da Mata Roberto, O QUE FAZ O BRASIL, BRASIL? Rio de Janeiro 1984.



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